quinta-feira, 25 de abril de 2013

É falta de educação tacar ovo em genocida?

É uma pergunta mesmo! Porque eu estava pensando:
Como lutar contra um poder quase absoluto?

Com armas? Eles tem todas, e tem as fábricas, e tem o direito de usá-las! O monopólio total da força!

Com ideias? Eles não abrem o diálogo. A mídia é deles. E pra que abririam o diálogo afinal? Não querem ideias, querem poder. Discutir ideias é ceder poder, é democrático. Isso não interessa ao ditador!

O que fazer??? Panelaço? Marchas? A mídia não cobre! Esquece! E se cobrir, vai ser um tiro no nosso pé! Vai pegar mal! Vão convencer a massa de que somos "vagabundos", "maconheiros", "baderneiros", jamais militantes pela liberdade! Pelos direitos humanos. A própria "direitos humanos" é ridicularizada o tempo todo pela mídia da ditadura. A massa não vai se juntar a pessoas tão desqualificadas que defendem uma ideia vaga e ridícula.

E se fizermos isso no local e no momento em que algum arautos da ditadura estiver defendendo contra a nossa liberdade individual, por exemplo? Também não dá! Porque com todo esse poder, além de comandar as forças armadas, eles formaram um exército informal, graças ao terrorismo ideológico, ou promessa de paz e conforto! Basta que o arauto faça cara de oprimido em alguma foto e está tudo resolvido. E para os verdadeiros oprimidos, para nós, foi só mais um tiro no pé.

Monopolizam inclusive a ideia de divindade, ou da espiritualidade, ou da bondade. Ligando sua imagem à de um deus único, ou à de um deus maior, como sempre fizeram em todos os impérios. Transformaram a maioria de nós em soldados que só tem em mente defender os ditadores. Afinal, foram convencidos de que os ditadores são os representantes do Deus, portanto, sua ligação com a Sabedoria Divina.

Então, o exército da ditadura é convencida de que não precisa pensar, porque passam a ver a ditadura como o seu canal direto com a Sabedoria Universal? Aliás, pensar passa a ser uma afronta ao Divino! Nunca pensar! Nunca perguntar! Sempre repetir a mensagem! Sempre repetir parábolas! Abdicar da razão. Sempre reproduzir a mensagem, sem nunca observar a discrepância entre elas e o bem estar comum. Nunca observar. Ouvir apenas os arautos do ditador ou seus correligionários. Nunca sentar-se à mesa com quem pensa diferente, e se não puder ou não quiser evitar a presença física, basta que mantenham a mente blindadas para ideias diferentes. Blindar-se ou afastar-se de ideias diferentes. Afastar-se sobretudo do pensamento livre. Se todos querem estar bem, conviver bem, tem que agir como os arautos ditam, como os ditadores ditam! Ou eles, com uso da lei, do monopólio da força e da coação por meio da opressora superioridade quantitativa do seu exército, farão de nossas vidas um inferno!

Portanto, nunca tente tacar ovo em algum ditador genocida, por exemplo!
Os representantes da lei vão mandar te prender! Os funcionários do monopólio da força cumprirão a ordem. A mídia vai te ridicularizar! E (o tiro de misericórdia[?]) seus conhecidos e familiares vão dizer que você não tem respeito por ninguém!

terça-feira, 16 de abril de 2013

Senhores e senhoras cristãs...

Senhores e senhoras cristãs!
Como podem esperar que eu siga suas regras
Se vocês vieram do barro e eu de explosões estrelares?

O subsídio da miséria

Essa história de preço alto do tomate e outros frutos rendeu várias piadinhas.
Mas, será que isso é engraçado mesmo?
Você parou pra pensar que a história pode ser muito séria e que a mídia não quer nem desenvolver nem deixar que desenvolvam o assunto (o verdadeiro assunto)?
A saber:
Quando o preço de um produto agrícula fica alto significa que os a grande maioria dos produtores perdeu aquela colheita, ou até mesmo a lavoura inteira, ou pelo menos não está conseguindo colher em quantidade. Isso gera sérias dificuldades financeiras e, a longo prazo, abandono do campo pelo pequeno produtor, que pode vir a ser um novo miserável na cidade, pra aumentar a densidade demográfica da favela, e ser mais um pretenso trabalhador sem nenhuma qualificação que possa servir pra alguma coisa na cidade (a despeito de ser um profissional experiente no campo).
As questões que isso pode levantar estão diretamente ligadas ao Estado. A principal, pra mim, é o subsídio para produtores rurais! Quem produz alimento precisa de incentivo, precisa de medidas econômicas justas para equilibrar a renda. Quem sabe meio salário por hectare produzido? Que seja um terço. Já seria bom! Claro que o cálculo tem que ser mais elaborado que isso, mas é por aí. E haveria um teto, é claro, próximo do piso! O produtor receberia se cumprisse todos os estágios da produção, sempre visando a sustentabilidade, e resguardasse sua respectiva área de proteção ambiental etc.
O governo dá todo tipo de bolsa eleitoreira! Tem uma população carcerária imensa, crescente, e cara! A grande maioria desses presidiários poderiam ser camponeses dignos se o mote do Estado fosse a justiça social.
Além de subsídio, o produtor precisa de informações de qualidade! Visitas regulares de técnicos e engenheiros pagos pelo Estado. Cursos presenciais e à distância.
Mas... será que os donos do Estado querem isso? Será que eles querem que exista pequenos produtores rurais realmente produtivos, capazes de nos nutrir e abastecer (nos tornar abastardos) de todo tipo de coisa que sua terra possa prover? Afinal, em grande quantidade, esses pequenos produtores competem com os grandes fazendeiros, com suas gigantescas fazendas com máquinas de centenas de milhares de dólares e empregados mal pagos pras atividade que exigem braços e pernas e sutilezas humanas. E de que valerá o investimento nas grandes máquinas, grandes galpões, e nos grandes lobbys que lhes pemitiram destruir, com fogo e mais máquinas, imensas florestas com toda a icomensurável vida, infinitamente valiosa vida que havia nela?
Os donos do Estado precisam de muita gente aqui na cidade, disputando as misérias, e pouca gente lá na roça, multiplicando e distribuindo as riquezas.